Rita J. Leria Aires
Psicóloga – Psicoterapeuta – Individual, Família e Casal
Não existe ainda pesquisas e dados suficientes sobre o número de crianças em escolas públicas e privadas do país que apresentam os distúrbios e sintomatologia caracterizados no CID11. Sabemos que lá estão incluídos os ‘neurodivergentes‘, que são opostos aos ‘neurotípicos‘, ou em linguagem coloquial, popular os ditos “normais“.
Os dados fornecidos pelo IBGE sobre saúde são de 2019, e o sistema, de forma geral, sofreu uma parada político-ideológica que complicou muito um diagnóstico real do país. Informações recentes indicam que com a retomada da normalidade democrática as escolas e os serviços de saúde poderão ter bases mais sólidas, a fim de agir e procurar intervir, a partir da identificação, de forma coerente e positiva nestes casos.
Autistas, Inquietos e dispersos.
Espera-se com isso, aproximar-se do universo verdadeiro destas crianças e adolescentes, todas precisando de acompanhamento especial, em casa e fora dela, na escola e na sociedade, considerando-se que cada caso é único, cada família tem uma dinâmica própria e, a escola deixou de ser exatamente aquela extensão do lar idealizada.
Inseridas neste microcosmo, no ambiente escolar, o qualidade do acompanhamento de profissionais praticantes de modelos coerentes e ações positivas pelos atendentes, gestão, professores e cuidadores é da maior importância.
Mas, não só o lado afetivo-carinhoso e alegre importam. Quero dizer que um projeto pedagógico educativo e inclusivo, que contemple os diferenciais apresentados por estas crianças devem levar em consideração a proximidade com as famílias.
Estreitar os laços de relacionamentos com os pais, com a comunidade e oferecer-lhes a oportunidade do diálogo. Praticar a comunicação, expor problemas, dialogar e buscar as melhores soluções compartilhadas.
Família, professores, gestores, coleguinhas
Estes grupo de ação, pais, professores, escolas e comunidades encontra-se amparado pela linha de psicoterapia sistêmica que aplico em meu consultório. Assim, meus clientes, estudantes, tem a minha pesquisa feita nas escolas onde estão matriculados, cujo propósito é reconhecer o ambiente, o tratamento, o comportamento delas e como se dão estas relações com outros colegas, professores, enfim com o complexo onde estejam inseridos.
Quanto maior for esta interação entre os atores sociais envolvidos, melhor será o diagnóstico e os efeitos terapêuticos indicados.
Acessem a revista AEscolaLegal e na busca escrevam TEA e TDHA – lá estão bons artigos que ajudam a entender melhor sobre estas questões delicadas.